terça-feira, 8 de julho de 2014

Tempo

Olhe ao redor
Os momentos que te fazem viver
Te fazem pensar
Os sorrisos que te fazem dizer adeus
Tudo vem como grandes ondas
Por cima do tempo
Possivelmente eu fiz demais
Ou nada fiz
Contemplando a destruição
Tocando piano em meio ao caos
Olhe os muros
Se pergunte a serventia
Dos próprios e do que está guardado
Mate-se e desafie o tempo
Descanse em paz
Vivo
Esteja em paz com a luxúria
Pule dentro das erupçoes
Veja o que vale a pena
Olhar de mulher em rosto de criança
E barulho
E tardes
E vazios
A serem preenchidos
Com jogos
Animais e bucolismo
Paz e existencialismo
Torna-se e descobre que és quântico
Torna-se hipocondríaco
Quando eras criança
Tu caçavas por demônios
Que teimavam em não vir
Quando eras jovem
Assim tão triste
Assim tão descritivo
Assim tão neurastênico
Amavas psicólogos
Amavas estórias
Quando te achavas grande
Amavas deuses
Amavas pecados
Amavas órgãos
Mas te tornaste complacente
Quando te achavas velho
Odiavas tudo
Repreendias tudo
Aconselhavas todos
Ninguèm lhe ouvia
Todos lhe deixavam
Epifania
Mas vês que nem saiu do lugar
Poesia
Não mudaste a idade
Ousadia,
No início.
Conformismo,
No meio.
Conservadorismo,
No fim.

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