A cevada irônica preenche agora
minhas veias
O vinho infinito escorre em
minh’alma
Em uma terra de ar gelado teu
calor é o que me falta
Sou todo etilismo saldado em meu
chapéu
Mas tudo pelo que anseio é o seu
sorriso perfeito de mágica
Colorido como as palavras que me
escapam ao lembrar de ti, ó dádiva
Não tão raros, feito a lucidez
etílica
São os saudosos lábios morenos
Inebriados e cambaleantes em
caminhos já traçados
Protegidos pela Odisseia do amor
e suor da noite fria
Dou-me nós ao mastro em angústia
para as sereias da noite gelada
Tacitamente toda a lógica
desfalece em uma epifania
Mais quente que o grito rábico
que se anuncia
É o amor que enobrece uma tímida
lágrima derramada
Branco como estes versos
São meus olhos ao se deleitarem no
infinito
Além de orgulhosos como meus
gestos
A mostrarem-te, morena, em
imagens belas ao boêmio amigo
Belas são tuas lembranças lúcidas
Que chovem dentro de mim
Tortas são minhas andanças corsárias
Por você vou sair ao infindo em
fim
A gordura no fogão perfuma o ar
Bem como o éter e o sal que
escorrem dos poros
Eis que é proferido e destilado o
palavrear
E por favor, não deixem morrer
aqui:
“Por que a noite é tão fria?
Por que o meu amor está tão
longe?
E por que a cerveja está tão gelada?”
Pois que seja, meu caro
E que não morra o calor
E que não se apague o amor
Pois que te saúdo, meu caro
Mais que tudo em noites de terras
geladas
Embebidas em cervejas congeladas
Inspirado nos dizeres etílicos de Jardel Leite, em uma noite fria no carnaval de 2013, em Guaramiranga. E aqui está, sua frase não morreu, pelo menos pra mim, meu caro.
Abaixo o link do blog dele, deem uma conferida:
http://psicodelicus.blogspot.com
Abaixo o link do blog dele, deem uma conferida:
http://psicodelicus.blogspot.com