quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ele É



Como posso perder-me
Se não há caminhos para onde ir
Divindades e devaneios funestos
A tornarem-me um ser notívago
Perdoe-me...
Tão cheio de misericórdia e vida!

Ele é,
Eu estou.

Eu só estava à procura do tesouro de ouro
Bem fundo na piscina de sangue do seu quintal
Acabei por enterrar-me
De tanto procurar-me
Acabei por atravessar as fronteiras
Da loucura e da lucidez
Mas afinal o que as define?

Assim como uma cruz
Assim como uma maldição
Você odeia-me até no adormecer
Lave-me antes que eu me limpe
E dançaremos juntos
No vale das sombras
Quando o crepúsculo nos for breve

Faço um contrato com o ódio
Que ainda aflinge-te
Você detesta isso?
Então segure-me
E deturpe minha mente
Estupre minhas palavras

Diga-me por que tenho de ter cuidado
Lave-me!
Deixe-me mergulhar em tua opulência
Não te compreendo
Também não posso
Mas por quê?

Na véspera da morte
A metamorfose
Deixe-me compreender-te
Lave-me!

És sado!?

Queridos amigos
A todo "o" mundo que eu me importo
Tudo que lutei foi por...
Inocência, não conta no vale das sombras
O que vocês pensam de mim?

Ele é!
Eu Estou!

Desde que começou a amar-me
Mas minha realidade:
Eu Estou deixando minha existência

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